Minha lista de blogs

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ATENTAI-VOS PARA OS QUE TE MANIPULAM. JORNAL INGLÊS FOI FECHADO. LEIAM MAIS, LEIAM OS QUE NÃO TÊM ESPAÇO NA MÍDIA CORPORATIVA, ENTÃO SERÃO INFORMADOS.

O ALERTA  ESTRUTRURAL  ACIONADO PELO  ESCÂNDALO MURDOCH.

ABRAM OS OLHOS:



 A mídia brasileira tem optado por uma abordagem insuficiente -para dizê-lo com indulgência--  dos desdobramentos que  o escândalo  do ‘News of  the World' impõe  às relações entre o dinheiro, a democracia e o direito à  informação.



 É perceptível um esforço de rebaixamento para dar ao escândalo do  ‘ News of de World'  o recorte de um ponto fora da curva.

 O fato, porém, é que o direitista Rupert Murdoch, seu proprietário, montou e maneja no circuito  Inglaterra/ EUA o maior conglomerado de mídia em língua inglesa do  planeta. A investigação jornalística isenta não conseguiria explicar  como fruto da  coincidência que os tentáculos desse império incluam na folha de pagamentos o ex-assessor de imprensa do primeiro-ministro inglês David Cameron -cujo frequentava as festas da editora do ‘News of the World'; ou ,como lembra Lúcia Guimarães, brava correspondente do Estadão em Nova Iorque, que o fundador e atual presidente da rede Fox News, --o canal de tevê norte-americano de Murdoch-- seja Roger Ailes, ex-assessor de propaganda de  Richard Nixon e de George Bush pai.Nos anos 70 Ailes foi o autor de um estudo sugestivamente  intitulado:

 ‘ Como Colocar o Partido Republicano na Mídia'.

Manipulação e  democratização dos meios de comunicação são formas de mediação social que se combatem.  A  manipulação viceja no terreno pantanoso da semi-informação e da semi-cultura que desarma os espíritos  e embrutece o discernimento da liberdade e da Razão, prostrando a cidadania  para o espraiamento tóxico do jornalismo ardiloso que combate  idéias e defende interesses destruindo reputações  e alvejando  biografias.

 Seria oportuno  que as autoridades do país, ainda hesitantes diante da necessidade de regulação da mídia, acompanhassem atentamente o debate em torno do método Murdoch de jornalismo --e não apenas na mídia local.
Há razões para crer que não seja apenas um descuido. Privar a sociedade das interações implícitas e da contextualização política explosiva  de um episódio que só na aparência pode ser tratado como o  caso específico de um tabloide inglês marrom, sugere um esforço de autopreservação diante do espelho incômodo, cuja trinca esfarela  todos os semelhantes a sua volta.
(Carta Maior; 5º feira 14/07/ 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário