Minha lista de blogs

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O HAITI QUE NUNCA DEIXARAM EXISTIR. UM HAITI SOBERANO E LIVRE.

JEFERSSON, UM DONO DE ESCRAVO, FICOU HORRORIZADO COM A LIBERDADE DOS ESCRAVOS DO HAITI, A PRIMEIRA NAÇÃO DE ESCRAVOS LIBERTA PELOS MESMOS. BOICOTOU O PAN DE SIMOM BOLIVAR E RECOMENDOU CAUTELA COM OS NEGROS  ATREVIDOS DAQUELA ILHA.

AFINAL AS COLÔNIAS DO NORTE HAVIAM COMPRADO A LOUSIANIA DE NAPOLEÃO, PARA QUE O MESMO SEGUISSE SUA LUTA CONTRA OS ESCRAVOS DO HAITI, ONDE FOI DERROTADO DE FORMA ACACHAPANTE. QUAL DONO DE ESCRAVOS NÃO TEMERIAM ESTA NAÇÃO.

AFINAL OS PAIS DA AMÉRICA LITARAM PELA SUA LIBERDADE DE SEREM DONOS DE ESCRAVOS.




FOI BOICOTADO PELOS NORTE AMERICANOS E BOICOTOU O HAITI, DE ONDE TUDO TEVE PARA SEGUIR SUA GUERRA CONTRA OS COLONIZADORES. MAS NÃO ESTAVA NOS SEUS PLANOS UMA AMERICA LATINA  LIBERTA DOS ESCRAVOCATAS. 

O Haiti que Dilma visita (contado por Eduardo Galeano)

“Os escravos negros do Haiti propinaram uma tremenda surra ao Exército de Napoleao Bonaparte; e em 1808 a bandeira dos livres se alçou sobre as ruínas.

Mas o Haiti foi, desde ali, um país arrasado. Nos altares das plantações francesas de açúcar se tinham imolado terras e braços, e as calamidades da guerra tinham exterminado um terço da população.

O nascimento da independência e a morte da escravidão, façanhas negras, foram humilhações imperdoáveis para os brancos donos do mundo.

Dezoito generais de Napoleão tinham sido enterrados na ilha rebelde. A nova nação, parida em sangue, nasceu condenada ao bloqueio e à solidão: ninguém comprava dela, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia. Por ter sido infiel ao amo colonial, o Haiti foi obrigado a pagar à França uma gigantesca indenização. Essa expiação do pecado da dignidade, que esteve pagando durante um século e meio, foi o preço que a França lhe impôs para seu reconhecimento diplomático.

Ninguém mais o reconheceu. Nem a Grande Colombia de Simon Bolívar, mesmo se ele lhe deveu tudo. Navios, armas e soldados o Haiti tinha lhe dado, com a única condição que libertasse aos escravos, uma ideia que não tinha ocorrido ao Libertador. Depois, quando Bolívar triunfou na sua guerra de independência, negou-se a convidar o Haiti ao congresso das novas nações americanas.

O Haiti continuou sendo o leproso das Américas.

Thomas Jefferson tinha advertido, desde o começo, que tinha que confinar a peste nessa ilha, porque dali provinha o mal exemplo.

A peste, o mau exemplo: desobediência, caos, violência. Na Carolina do Sul, a lei permitia prender qualquer marinheiro negro, enquanto o seu navio estivesse no porto, pelo risco de que pudesse contagiar a febre antiescravista que ameaçava a todas as Américas. No Brasil essa febre se chamava haitianismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário