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sábado, 20 de outubro de 2012

O delírio do PSDB. Azenha explica, tintim,por tintim!

  
Alucinados.  É como vivem o PSDB, as redações os jornalões e a  classe média.



"A idéia delirante é uma representação morbidamente falseada, cuja demonstração não se pode comprovar". Esta idéia, ou conjunto de idéias, não é acessível ao raciocínio e argumentação lógica nem é modificada pelo confronto com a realidade."
Emil  Kraeplin.

 Lentes da mídia turvam a mente do PSDB.



Prefiro duvidar, sempre, das pesquisas eleitorais. E acreditar na volatilidade dos eleitores, que colocaram Marina Silva no caminho de Dilma Rousseff e tiraram Celso Russomano do caminho de Fernando Haddad, respectivamente em 2010 e 2012.



José Serra enfrenta graves obstáculos, mas nada é impossível faltando uma semana para o segundo turno.


Dito isso, porém, uma eventual derrota de José Serra deveria servir ao menos para acordar os tucanos.


Gilberto Kassab fez o Cidade Limpa. Boa decisão numa questão que não era central à qualidade de vida do conjunto de paulistanos, ou pelo menos não tão importante quanto o transporte público, a saúde e a educação.


 O Cidade Limpa deslocou milhões de reais de publicidade antes investidos em espaços públicos para dentro dos jornais, que se não apoiaram Kassab abertamente foram cruciais para a reeleição do aliado de José Serra. 


Vamos dizer que os jornais pouparam Kassab de um tratamento tão rigoroso quanto aquele destinado, por exemplo, aos governos petistas.



Kassab encarna a especulação imobiliária e o higienismo social. Os principais jornais paulistanos vivem dos anúncios imobiliários e representam, basicamente, aquela classe média que se identifica com as rampas antimendigo. 


A simbiose entre os interesses de Kassab/PSDB e a mídia alimentou nos tucanos a impressão de que seriam imbatíveis em São Paulo, seu principal reduto, especialmente se lançassem o experiente José Serra. Deram de barato que a experiência do candidato aliada ao antipetismo seriam suficientes para garantir a vitória.



Estavam cegos no nevoeiro, parcialmente por “ler” São Paulo a partir da lente turva da mídia, que é de classe média e para a classe média. Foram pegos de surpresa pela revolta dos grotões, que primeiro produziu Celso Russomano e agora é o principal motor a impulsionar Fernando Haddad.



É preciso ir aos extremos de São Paulo para entender o que significa ausência de Estado.


Já fiz isso dezenas de vezes, mas me lembro especialmente da cobertura que fiz das eleições presidenciais de 2010, quando minha pauta foi explicar o motivo de Dilma Rousseff ter obtido votações expressivas em algumas regiões da Grande São Paulo.


Fui à casa de algumas famílias que tinham sido beneficiadas pelo programa Luz para Todos, por exemplo, que haviam entrado no século 21 sem energia elétrica em casa no estado mais rico e mais desenvolvido do Brasil.


As famílias vibravam pelo fato de, agora, ter geladeira e água quente no banheiro!
Não quero sugerir que a maioria dos votos de Fernando Haddad se deve ao patrocínio de Lula, nem esse é o ponto da reflexão.


O ponto é que só raramente os tucanos e os jornais dos tucanos vão aos extremos de São Paulo. Colunistas desinformados produzem previsões sombrias sobre o futuro do PT e os tucanos acreditam.

 É o equivalente a uma fábrica de espelhos e fumaça, que encena um universo paralelo calcado em teses que acreditam autorealizáveis.



Este universo frequentemente encontra um poste pela frente. Derrotas eleitorais deveriam servir para uma correção de rota, uma mudança de rumo. 

Mas, não é o caso. Hoje, por exemplo, uma colunista da Folha sugere que, depois da ditadura militar, vivemos uma espécie de ditadura lulista (o jornal é o mesmo que, através de um colunista gringo, conseguiu provar que Hugo Chávez perdeu na Venezuela). 

Fica implícito que remover Lula é a solução para os tucanos. Depois, é só remover o povo.









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