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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Discurso de Jango em 1964. Mude as datas, e veja como é atual!

Chupinhado do blog do  MIRO


 Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Recebo de José Vicente Goulart, filho de Jango e presidente do Instituto João Goulart, um discurso pronunciado por seu pai dias antes do Golpe de 64, que nos impôs morte, trevas e opressão. Quando a direita golpista se move, mascarada debaixo de crises políticas, o melhor antídoto contra ela é nos abeberarmos das lições da história.


Afinal, o poeta espanhol George Santayana escreveu, há mais de um século, em seu A Vida da Razão: “aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.

Leia e veja as semelhanças que, infelizmente, estão longe de serem coincidências:




Democracia é por fim a privilégios

“Brasileiros, não receio ser chamado subversivo por propagar a necessidade de revisão da atual Constituição da República, é antiquada porque legaliza uma estrutura econômica já soberana , injusta e desumana .


O povo tem que sentir a democracia que ponha fim aos privilégios de uma minoria proprietária de terras.


Acusam o Governo Federal de estar incitando a agitação e de estar pretendendo golpear o regime democrático, mas quem acusa o Governo de pretender golpear as Instituições?


São aqueles mesmos que o povo reconhece como os maiores golpistas deste país e que, em todas as oportunidades, ostensivamente, procuram desviar o Brasil do seu rumo democrático, que é o rumo do povo brasileiro.




Os que hoje dizem que o Governo conspira, são aqueles que mais vem conspirando contra os interesses do povo e do País, os mesmo que em 1950 queriam impedir a posse do Presidente Getúlio Vargas, os mesmo que em 1954 levaram o grande Presidente ao suicídio, os mesmos que, em 1956, afirmaram que o governo eleito não podia tomar posse, os mesmos que em novembro do mesmo ano pretenderam sufocar as liberdades democráticas, os mesmos que em 1961 proclamaram que um vive-presidente eleito não podia sequer pisar no solo da Pátria e invadiam jornais e encarceravam operários e líderes populares para impedir que a constituição fosse cumprida, esses mesmos que gritam hoje que o Presidente João Goulart conspirou contra o regime e que eles são os democratas deste País; desgraça da nossa democracia se tivesse de ser defendida por aqueles que sempre estão prontos para golpeá-la.




O que eles querem encobrir com essas acusações constantes são outros propósitos e objetivos com essa campanha de difamação, de mentiras, de mistificação e confundir o povo brasileiro, para evitar que se façam dentro deste País as reformas reclamadas pela classe operária, que não constituem apenas uma reivindicação legítima e patriótica dos brasileiros deserdados, mas sim um imperativo nacional, reclamado pelo nosso desenvolvimento e o nosso progresso.”


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Paulo bernardo é o Quinta Coluna Mor do PT.

Breno Altman: Bernardo é um Quinta Coluna. 


O PT e o governo precisam de uma faxina:

 

Se a vontade política da presidente Dilma Rousseff e seu partido for realmente enfrentar a onda reacionária que tenta controlar as ruas, há uma lição de casa a ser feita.

O PT e o governo precisam se livrar da quinta-coluna, que representa interesses alheios à esquerda e aos setores populares.
O termo nasceu na guerra civil espanhola, nos anos trinta do século passado. 

Quando Francisco Franco, líder do golpe fascista contra a república, preparava-se para marchar sobre Madri com quatro colunas, o general Quepo de Llano lhe assegurou: “A quinta-coluna está esperando para saudar-nos dentro da cidade.”

 Referia-se às facções que, formalmente vinculadas ao campo legalista, estavam a serviço do golpismo.



A maior expressão de quinta-colunismo no primeiro escalão atende pelo nome de Paulo Bernardo e ocupa o cargo estratégico de ministro das Comunicações.



 Não bastasse vocalizar o lobby das grandes empresas de telefonia e a pauta dos principais grupos privados de comunicação, resolveu dar entrevista às páginas amarelas da revista “Veja” desta semana e subscrever causas do principal veículo liberal-fascista do país.

Na mesma edição na qual estão publicadas as palavras marotas do ministro, também foi estampado editorial que celebra a ação de grupos paramilitares, na semana passada, contra o PT e outros partidos de esquerda, além de reportagem mentirosa que vocifera contra as instituições democráticas e os governos de Lula e Dilma.

Nesta entrevista, Bernardo referenda que se atribua, à militância petista, um programa que incluiria a defesa da censura à imprensa. 

Vai ainda mais longe, oferecendo salvo-conduto à ação antidemocrática da mídia impressa e restringindo qualquer plano de regulação a perfumarias que deixariam intactos os monopólios de comunicação, o maior obstáculo no caminho para a ampliação da liberdade de expressão.

De quebra, o ministro chancela o julgamento do chamado “mensalão”, ainda que escolhendo malandramente os termos que utiliza, caracterizando a decisão como um resultado “normal e democrático”.

 Por atacar seu partido nas páginas do principal arauto do reacionarismo, recebe de “Veja” elogio rasgado, ao ser considerado “um daqueles raros e bons petistas que abandonaram o radicalismo no discurso e na prática.”

Paulo Bernardo não é, porém, o único que flerta com o outro lado da barricada, apenas o que mais saçarica. 

Está longe de ser pequena a trupe de figuras públicas petistas que dormem com o inimigo, a maioria por pânico em enfrentar os canhões da mídia ou desejosos de receberem afagos por bom-mocismo.

O governador baiano, Jacques Wagner, é outro exemplo de atitude dúbia. Há algumas semanas bateu ponto, na mesma revista, para dar seu aval aos maus-feitos jurídicos de Joaquim Barbosa e seus aliados. Mas não parou por aí. 

 Quando o presidente do PT, Rui Falcão, estava sob cerrados ataques por chamar sua gente à mobilização, Wagner correu aos jornais para prestar solidariedade.

 Não ao líder máximo de seu partido, mas aos lobos famintos que se atiravam contra o comandante petista.

Nos últimos dias assistimos incontáveis cenas que igualmente merecem uma séria reflexão. 

Não foi bonita ou honrosa a oferta do ministro da Justiça à repressão da PM paulista contra a mobilização social. 

Ou o prefeito paulistano fazendo companhia ao governador Alckmin na resposta ao movimento contra o aumento das tarifas de transporte.

 Nesses casos, contudo, não houve facada nas costas, mas flacidez político-ideológica que não pode ser relevada.

A questão crucial é que, para avançar na luta contra o reacionarismo e na reconquista das ruas, o PT e o governo precisam restabelecer uma ética de combate.

 A defesa dos interesses populares e da democracia não poderá ser feita, às últimas consequências, sem uma faxina de comportamentos e representantes que favorecem os inimigos do povo no interior das fileiras aliadas.
(*) Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

A direita com seu braço midiático apoderaram-se de um movimento justo, mas, comandados por inocentes políticos. Que história é esta de movimento apolítico?

Quando alguém viu a Gloelbels, apoiar manifestações populares? 




O DAY AFTER: IMPLICAÇÕES DE UMA VITÓRIA

A vitória superlativa da reversão do reajuste tarifário em SP foi saboreada pelos dirigentes do MPL com um misto de euforia e alívio.

A continuidade dos protestos evidenciava a sua crescente diluição nas tinturas de um levante contra o governo federal  e as  conquistas econômicas e sociais dos últimos dez anos.

A jovem liderança do MPL, que se declara de esquerda, admite que já não sabia como reverter a usurpação martelada pela emissão conservadora. 

Há atitudes óbvias.

 Incompreensivelmente ainda não adotadas por quem dispõe de todos os holofotes da boa vontade nesse momento.

 Uma sugestão prosaica: convocar uma entrevista coletiva e desautorizar  o dispositivo midiático conservador, que surfa na onda dos novos cara-pintadas para rejuvenescer a narrativa de um antipetismo histórico.

A abusada antecipação da campanha de 2014 inclui cenas -e ameaças--  de invasão de palácios, mesmo quando ocupados por governantes já comprometidos com a redução tarifária.

Essa era a agenda da 'comemoração' no RS, nesta 5ª feira. Que nome dar a isso?

Aos integrantes do MPL  não cabe o bônus da ingenuidade. Embora jovens, souberam fixar um alvo de notável pertinência histórica.

 A  mobilização de massa pela tarifa zero e por uma cidade dos cidadãos carrega a promessa de um chão firme do qual se ressente  o planejamento democrático no país.

Só um movimento urbano forte, capaz de disputar a construção da cidade com a lógica do lucro imobiliário poderá reverter o caos das grandes metrópoles.

 Se for a semente disso, o batismo de fogo do MPL, com todas as suas lacunas, já terá valido a pena.

Antes, porém, precisa se desvencilhar da carona oportunista que hoje embaralha a sua extração histórica e pode ferir de morte a credibilidade conquistada nas ruas.


A direita, sequestra o Movimento Passe Livre, desvirtua-o para desgastar o governo Dilma. Jovens não sejam otários!

Quando uma das líderes do MPL, disse em entrevista ao vivo, que a pauta agora era acabar com o latifúndio rural e urbano, não deu para editar. Agora quem gravou vai ouvir, quem não gravou nunca mais ouvirá. A Gloelbels, editou. Quero ver o MPL juntar 80 mil pessoas nas ruas de São Paulo com esta pauta! 

A direita sempre apoderou-se demovimentos populares. Lembrem-se de Allende, a esquerda "aquela" do Randolfe, começou o protesto contra Allende, a direita o encampou. O resto, bem, o resto é história...Todos conhecem!
 

Recebi por email, desconheço o
autor:


"Os conservadores (ou o que chamamos de direita) querem sequestrar a pauta das manifestações em prol de seus interesses.

Isso ficou claro na mudança brusca de opinião de jornais, de revistas e de figuras notoriamente reacionárias que antes criticavam as manifestações, e agora as apoiam.

Ficou mais evidente ainda quando vi a foto de "artistas" com o olho pintado de roxo, em protesto contra a violência policial.

Não me consta que esses mesmos "artistas" se pintem de “vermelho sangue” quando a mesma polícia mata os jovens pobres e pretos da periferia.

 Por isso, digo com todas as letras: a causa de Datena, Arnaldo Jabor, Marcelo Tas, Pondé e esses "artistas" não é a causa pela qual lutamos.

Eles apenas mudaram de posição porque viram que a manipulação ideológica tem limite e que as pessoas não ficariam apenas na petição online.

 Pense: eles se dizem contra a corrupção dos políticos, mas se calam quanto à corrupção de empresas privadas; eles reclamam da má qualidade do serviço público, mas são favoráveis à privatização e contra o aumento dos impostos dos mais ricos; eles estão "cansados da violência", mas nada dizem sobre a violência cotidiana a que a população pobre - em especial negros, mulheres e gays - estão expostos; eles são contra a "gastança de dinheiro público" apenas quando se trata dos programas sociais, mas não veem problemas quando o BNDES financia empresas privadas a juros baixíssimos; eles se dizem contrários ao aumento da passagem, mas acham absurdo falar de “tarifa zero” – mesmo sendo algo juridicamente possível.

Então, meu caro, não seja idiota: essas pessoas não querem o mesmo que você.

Elas não PODEM querer o mesmo que você, pois os privilégios que têm dependem de quão ruim a sua vida continuará a ser.

Conservadores, por óbvio, querem conservar e não transformar.

Por isso, não é por vinte centavos.

É pela construção de um horizonte político que estas pessoas não querem, mas que você precisa acreditar ser possível.

 Elas não são nossas aliadas.

Definitivamente, não são".






segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lula o fenômeno, viaja aos países Andinos, mais 4 títulos de doutor honoris causa para pendurar na parede!



Lula recebe título de doutor Honoris Causa no Peru e Equador

Tá difícil para oposição...

Do NASSIF


Lula visita Colômbia, Peru e Equador


Ex-presidente se encontrará com chefes de estado e receberá títulos de doutor Honoris Causa em universidade no Peru e de três instituições no Equador.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja neste segunda-feira (3) para a Colômbia, primeira etapa de uma viagem de cinco dias pela região andina, onde também visitará o Peru e o Equador.


Lula irá se encontrar com chefes de estado, debater programas sociais na Colômbia, e receber títulos de doutor Honoris Causa da Universidade Nacional Maior de São Marcos, no Peru, e de três instituições no Equador.


Na Colômbia Lula se encontrará com o presidente Juan Manuel Santos na terça-feira (4) de manhã, e verá uma apresentação dos programas sociais colombianos “Famílias en accion” e “Mujer Ahorradora”.

 O ex-presidente também fará uma palestra para empresários da Câmara de Comércio Brasil-Colômbia sobre a integração da América Latina.


Na terça-feira (4) à noite, já em Lima, Lula se reúne com o presidente do Peru, Ollanta Humala.
No dia seguinte, quarta-feira (5), Lula fará uma palestra para a Câmara de Comércio Brasil-Peru sobre os 10 anos da Aliança Estratégica entre os dois países, firmada por ele com o então presidente peruano Alejandro Toledo, em 2003. 

Nesse período foi concluída a rodovia Transoceânica, que liga o Brasil ao litoral peruano, oferecendo uma alternativa de transporte de produtos brasileiros para o Pacífico e impulsionando a integração entre os dois países.


À tarde, Lula receberá o título de doutor Honoris Causa da Universidade Nacional Maior de São Marcos, a mais antiga universidade das Américas, fundada em 1551.


Na quinta-feira (6), em Quito, no Equador, Lula se encontra com o presidente Rafael Correa e recebe a Condecoração da Ordem Nacional de San Lorenzo.


Na sexta-feira pela manhã (7), Lula faz uma palestra para a Câmara de Comércio Equatoriana Brasileira e à tarde recebe títulos de doutor honoris causa concedidos por três instituições equatorianas: a Universidade Internacional do Equador, a Universidade Andina Simon Bolívar e a Escola Politécnica de Guayaquil.

Na própria sexta-feira Lula retorna para São Bernardo do Campo.

(Assessoria de Comunicação / Instituto Lula)

domingo, 2 de junho de 2013

Quem dará coerência ao desenvolvimento?

O DESENVOLVIMENTISMO QUE A UDN,(LEIA-SE, FRIAS, MESQUITAS, MARINHOS, SAYAD, PSDB) , SEMPRE FORAM E SERÃO CONTRA.


DO  BLOG DAS FRASES DE SAUL LEBLON



 O Financial Times é tolerante com o fiasco conservador em seu país, onde a fome está de volta, mas critica o governo Dilma que dirige uma economia perto do pleno emprego (leia a análise de Marcelo Justo, de Londres:
AQUI 



O país ingressa num ciclo de transição do modelo de crescimento que o poupou até agora da desordem neoliberal.

Mudanças pontuais, a curto prazo, e estruturais, de médio e longo prazos, terão que ser feitas para calibrar a máquina da economia rumo a um novo estirão expansionista.

Uma dúzia de variáveis desafiam a coerência e o dinamismo da marcha.

Cada uma tem um custo e nem sempre – ou melhor, quase nunca – combina com a outra.

Incentivar as exportações para, entre outras coisas, fortalecer o emprego industrial, por exemplo.

Implica desvalorizar o real, o que encarece os produtos importados, eleva a inflação e rebate no aumente dos juros, que comprime a demanda
e ... derruba o emprego.

Que se pretendia preservar.

Quem decide o que é coerente na macroeconomia do desenvolvimento é a correlação de forças de cada época.

Não é um dado da natureza.

A exemplo das ‘vantagens comparativas’ (que o conservadorismo credita a um dom divino das nações), a correlação de forças é construída nas lutas históricas de cada povo.

Quem vai liderar a travessia para o novo ciclo de desenvolvimento?

Como e quando a CUT, o MST e demais organizações sociais vão intervir nessa dobra do caminho?

O conservadorismo, como aconteceu em 32, em 54, em 64 e na década de 90 apressa-se em atualizar o seu roteiro eterno de futuro.

Editoriais, como o da ‘Folha’, deste domingo (‘Um plano Dilma’), listam os requisitos do cardápio.

Tudo para o Brasil ‘voltar a crescer de forma saudável’, diz o epíteto martelado sobre a lápide das conquistas sociais.

Entre as sugestões, o diário preconiza: ‘conter o gasto público’ (adivinhem como...); ‘desamarrar’ a Petrobras para deslanchar o pré-sal (adivinhem como...); ‘baixar o centro da meta’ da inflação (adivinhem como...); ‘rever a política de comércio exterior’ e buscar acordos fora do Mercosul e dos Brics (adivinhem como...).

Em resumo, trata-se de um ‘Plano Dilma’ de rendição à pauta derrotada em 2002, 2006 e 2010.

Algo não bate.

Pela via eleitoral dificilmente a pasta de dente marchará assim, resignada, para dentro do tubo conservador.

Nos últimos dez anos, o país não fez tudo o que poderia ter feito.

Mas ampliou o investimento social do Estado; recuperou o poder de compra popular; gerou um novo ator político e um novo mercado de consumo; retomou o papel indutor do setor público na economia; reservou a maior descoberta de petróleo do século 21 à regulação soberana da sociedade; afrontou a lógica da Nafta em busca de uma nova ordem internacional; fortaleceu a agenda progressista latino-americana.

O país mudou: uma coisa não cabe dentro da outra.

O tubo desenhado pela Folha requer uma crise terminal ou a sangria do ‘excesso’ a golpes de machete para comportar o novo volume ao invólucro anacrônico.

Se o velho figurino não abarca o novo, nem por isso a sociedade pode prescindir de um trilho que injete coerência e impulso à engrenagem em construção.

Os gargalos da infraestrutura e a atrofia do investimento industrial terão que ser equacionados.

A industrialização brasileira está emparedada.

O desarranjo cambial barateia importações; favorece o consumo.

Mas destrói empregos locais, desmonta cadeias produtivas, desencoraja o investimento fabril e ressuscita, perigosamente, a vulnerabilidade externa.

Será de US$ 60 bi o déficit do setor manufatureiro este ano. Quase 18% das reservas.

Ele corrói aquilo que distingue o desenvolvimento brasileiro entre os demais emergentes: a singular conquista de uma planta industrial sofisticada e completa – ainda que desatualizada.

O país tem uma cola poderosa para recuperar as trincas e fendas do seu sistema fabril.

Não necessariamente reconstituindo-o nas mesmas bases, o que a essa altura talvez seja até impossível.

Mas revigorando o que importa: empregos de qualidade, inovação, tecnologia, equilíbrio nas contas externas etc.

O nome desse ‘super-bonder’ estrutural é encomendas cativas do ciclo do pré-sal.

Há etapas de maturação exploratória a vencer, ademais de ajustes macroeconômicos (desvalorização cambial) a serem negociados para que esse trunfo não se perca.

Há, ademais, que resistir à cobiça externa,.

O mencionado editorial da ‘Folha’, a exemplo dos grunhidos sobre a alegada ‘pré-insolvência da Petrobrás’, ilustram o olho gordo.

A corrosão da base manufatureira nacional é boa para a industrialização da China e dos países ricos.

O Brasil agregou uma Argentina às filas dos supermercados e das lojas de departamento na última década.

As encomendas do pré-sal – um cliente abençoado, cujo atendimento reverte automaticamente em capacidade de pagamento – figuram como o maior mercado de plataformas de petróleo dos sete mares.

Sem falar das peças de precisão, pesquisa, serviços, embarcações, refino etc., etc., etc.

O mundo rico cobiça a fervilhante feijoada brasileira num planeta cujo principal problema é justamente a falta de demanda.

Vista desse ângulo, a travessia em curso adquire contornos
semelhantes à grandeza das escolhas feitas por Getúlio nos anos 50.

Hoje, como ontem, o udenismo cogita o sacrifício final do parque manufatureiro, com um tranco de misericórdia nas proteções tarifárias.

O mesmo se dá em relação ao destino do petróleo nacional.

A industrialização ocupa, de novo, o centro da disputa sobre o passo seguinte do desenvolvimento.

As linhas de passagem para manter o controle endógeno dessa variável tem um custo.

O ajuste cambial e a modulação do consumo formam o par mais delicado.

Se calibrados exclusivamente sob a batuta do BC e da orquestra mercadista, a fatura será paga em espécie.

Devolvendo-se um pedaço dos empregos, das políticas sociais e do poder de compra criados nos últimos anos.

Quem sabe, devolvendo-se até a regulação do pré-sal aos mercados (‘Vocês vão e voltam’, prometeu Serra ao emissário da Chevron, em 2010).

Os atores sociais que podem fazer o contraponto a essa espiral não tem mais tempo a perder.

Nos anos 50, um pedaço das forças progressistas só foi perceber o seu lado quando o povo já estava nas ruas apedrejando os carros do jornal O Globo.

Getúlio, isolado, deu um cavalo de pau na história com um único tiro.

O mesmo que ecoa até hoje como divisor da política nacional.

Ontem, como hoje, a inércia e o acanhamento estratégico pavimentam o caminho do projeto regressivo.

Não bastam discursos. Salvaguardar interesses corporativos é pouco mais que miopia nos dias que correm.

A hora reclama propostas críveis.

Propostas de desenvolvimento para o Brasil.

Que guarneçam a travessia em curso com as salvaguardas e pactos capazes de preservar não apenas as conquistas do passado.

Mas o ‘direito de ter o comando sobre o próprio destino’.

Era assim que Celso Furtado definia desenvolviment